segunda-feira, 14 de novembro de 2011

UM CONFLITO FEDERATIVO À VISTA?


Sem trocadilho, nem 150 mil, nem 5 mil pessoas, ontem na manifestação oficial pela manutenção dos royalties do Rio de Janeiro. A PM em geral divide por dois a avaliação dos organizadores das manifestações: foi assim no dia do ato das redes sociais contra a corrupção, no ato Justiça para quem produz, e assim por diante. Mas nos jornais de hoje, a PM afirma ter tido 150 mil pessoas. Menos, Coronel. Não precisa multiplicar por 5 ou 7 vezes para puxar o saco do governador. Podemos ficar com 20 mil pessoas. A Cinelândia que conhecemos desde o memorável comício do Brizola em 1982, comporta cerca de 30 mil, e o que se via do palanque era menos que isso. Foi um ato “Nonsense”: gente mobilizada, palanque, som, mas sem discurso politico. Nem no tempo da ditadura, quando a polícia cassava o som da manifestação e aí tinha de reproduzir nosso discurso pela massa por filas, frase por frase. O que fez Cabral proibir o som para os políticos? Apenas uma razão: medo das vaias. Que mesmo assim ocorreram em sua passagem pela Rio Branco, estávamos e ouvimos.
Uma coisa é certa: o tiro sairá pela culatra. Cabral freia a mobilização mas o povo quando vai às ruas por si só aprende que só se ele tomar em suas mãos a luta pelos seus direitos sairá vitorioso, porque se depender de políticos como Cabral, ficará esperando eternamente. E olha que vamos precisar de mais mobilização. Os estados não produtores reagirão com manifestações de ruas, dizem alguns jornais. Suas bancadas se organizam para isso, serão 24 estados de um lado, e dois de outro (ES e RJ). E aí, Presidente Lula e Presidente Dilma? Se isso ocorrer poderá haver um conflito federativo por culpa do oportunismo eleitoral de ter protelada a decisão justa no ano passado para apoiar e eleger mais 4 anos de PT. A história lhes debitará essa de ter quebrado o Pacto Federativo! E ela costuma ser implacável com quem é injusto com seu povo!


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